E isto porquê?
Porque dentro dos princípios da boa educação, cada um de nós é livre de pensar e de dizer o que muito bem entender.
O orador é total responsável por aquilo que diz, e pela interpretação que lhe dá, não, pelo entendimento que os outros lhe querem atribuir.
Por vezes, somos confrontados com comportamentos pouco recomendáveis devido a interpretações erradas, sobre afirmações e atitudes dos nossos semelhantes, ou de interlocutores.
Ninguém é dono da verdade, todos temos o direito de expressar as nossas ideias e as nossas convicções.
Às vezes, e por muito que nos custe, o absurdo faz parte do nosso dia-a-dia, e em momentos pouco férteis, não estamos imunes à mediocridade ou à estupidez, faz parte da essência humana e temos que viver com isso.
Há alguns anos atrás, uma empresa muito próspera desta cidade, tinha bem visível numa das paredes, um quadro com uma frase que nos tem inspirado
e servido de exemplo, e que dizia o seguinte:
A mim não me admira e mediocridade de alguns
Admira-me sim….. a mediocridade de muitos
"Desconhecemos o seu autor, mas honra lhe seja feita"
Peço imensa desculpa por iniciar assim a apresentação do SELO DAS MEMÓRIAS – Núcleo de Fado, mmas sabemos que já muito se fala sobre a nossa existência.
Alguns pensam que o SELO DAS MEMÓRIAS – Núcleo de Fado é um grupo de amigos que não vai a lado nenhum, outros estão convencidos que será uma associação fadista condenada ao insucesso e outros estão expectantes para ver no que isto vai dar.
De uma coisa temos a certeza:
Neste momento, 120 é o número de associados admitidos, que estão ao nosso lado, e que acreditam igualmente no nosso projecto.
Não prometemos utopias ou quimeras, nem seremos demagogos nas nossas acções, temos plena consciência que estamos a enveredar por um caminho onde a controvérsia a quezília e o mal dizer são uma constante, no entanto não nos desanimam os obstáculos ou as obstruções que no futuro iremos enfrentar.
Todos nós conhecemos o conteúdo, das conversas e das opiniões, que se desenvolvem no meio fadista, e todos nós sabemos também, que a maioria dessas conversas e opiniões, não são para dizer bem de ninguém, infelizmente, mas há excepções, Graças a Deus.
Temos a plena consciência que também vamos errar em algumas situações mas, por favor, não duvidem, nem da honestidade nem do empenho das nossas decisões.
Nesta altura comparámo-nos a uma selva amazónica onde se pretende construir uma auto-estrada.
Vêm as máquinas, derrubam-se as árvores, define-se o traçado. estrutura-se a terra batida, cria-se a caixa de alicerces e constroem-se as faixas de rodagem, aplica-se mais tarde o alcatrão, e depois: depois meus amigos a auto-estrada está pronta. Nessa altura não vão faltar condutores para nela circularem a toda a velocidade sem o mínimo respeito pelos sinais de trânsito.
O SELO DAS MEMÓRIAS nasceu de parto natural, e os seus progenitores são cidadãos comuns que partilham uma paixão: O FADO.
Fazem parte das suas estruturas socioculturais Poetas, Letristas, Músicos, Fadistas, Historiadores e “simplesmente” anónimos cidadãos, que conhecem muito bem, a cultura fadista.
Temos um projecto bem definido, para o nosso futuro:
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Pretendemos brevemente, encontrar espaço para nos sediarmos
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Pretendemos institucionalizar o Dia Nacional do Fadista
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Pretendemos criar uma Escola da Guitarra Portuguesa
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Pretendemos criar uma Escola Infantil de Fado
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Mas para isso, precisamos da ajuda de todos.
O nosso blogue na internet e o facebook, têm vindo a divulgar as acções e os eventos que realizamos desde Outubro de 2007, com a então denominação “Tertúlia Os Reguilas do Fado” assim como toda a nossa história.
Esta Noite de Fado, é o nosso primeiro acto público e oficial e, se me permitem, aproveito para apresentar-lhes os membros dos Órgãos Sociais do SELO DAS MEMÓRIAS - Núcleo de Fado para o biénio 2011/2013.
Assembleia Geral:
Alfredo Guedes Figueiredo / Manuel Fernando Nunes Batista / António Fernando Cerqueira
Conselho Fiscal:
Manuel Salé / Manuel Bernardo de Meireles Campos Costa / António Gonçalves
Direcção:
Manuel Augusto Conceição Costa / Miguel Gonçalves Moura / Eduardo Carlos de Abreu Pinto / Sebastião Isolino Rocha Oliveira / Carlos Manuel Ferreira Candido / António Lopes Pinto / Fernando Oliveira Pinto
Como podem verificar, são personagens bem conhecidas da nossa cidade e do meio fadista.
Daqui envio o meu sincero agradecimento a todos os membros que me acompanham nesta jornada, tenho a certeza de que juntos
vamos dignificar e prestigiar a nossa causa.
É nossa convicção, que brevemente estaremos num patamar elevado da cultura, não pretendemos competir com ninguém, e muito menos entrar
em “guerras” bairristas, na já tão longa história entre Porto e Lisboa.
Pretendemos sim, mostrar ao país que temos qualidades, que temos valores, e que saberemos ocupar com dignidade, o nosso espaço na cultura e na defesa da canção nacional, agora, e finalmente;
Património Imaterial da Cultura da Humanidade.
Se mais alguém desejar integrar-se esta família, informamos que estão à vossa disposição propostas para a admissão de Sócios
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Na despedida… uma palavra de agradecimento e de reconhecimento ao Grupo Dramático Monte Aventino, na pessoa do seu Presidente da Direcção, senhor Humberto Teixeira, por todo o apoio que incondicional e gratuitamente nos tem prestado.
Muito sinceramente… sem esta preciosa ajuda, a nossa caminhada era bem mais difícil. Muito e muito obrigado uma vez mais ao Grupo Dramático Monte Aventino.
A TODOS EM GERAL DESEJAMOS
UMA BOA NOITE DE FADO
Aceitem os nossos melhores cumprimentos.
Agradecemos a vossa presença.
Bem hajam pelo apoio e, por favor, ajudem-nos a crescer!
25 de Fevereiro de 20112
Manuel Augusto Conceição Costa
Presidente da Direcção
